Reflexão sobre a Segurança na Internet
A Internet é o meio de partilha de informação e de receção
da mesma cada vez mais utilizado pela população em geral, são raras as pessoas
que hoje em dia não utilizam este meio seja para a vida profissional/académica
como pessoalmente. Em vários locais o acesso à internet é mais fácil e rápido,
daí este ser algo a que facilmente recorremos. Mas é certo que nem sempre
tomamos os cuidados necessários na sua utilização, na maior parte das vezes
porque nem temos ideia de como estamos sujeitos a “ataques” virtuais sem que nos
apercebamos. Não estamos suficientemente consciencializados para tudo o que
pode ser feito a partir de um simples dispositivo móvel, muito menos quando de
um dispositivo móvel passamos, por exemplo, para uma rede de empresas.
Quando falamos de algo deste género não temos ideia do que
pode ser feito e de quanto alguém pode lucrar para ter acesso a uma empresa
concorrente e da forma como influencia o que faz depois de ter tido esse mesmo
acesso, “Uma falha de segurança, à semelhança de qualquer arma física, vale
consoante o seu poder destrutivo. Sabe-se que uma de “dias zero”, que entra em
ação assim que entra no sistema, pode valer uns bons 18 milhões de dólares” (Pedro Miguel Oliveira,2016, in Quem vigia a
Internet de Todas as Coisas? de Exame Informática). Este é um assunto sobre o qual a sociedade
não se debruça tanto e não há tanta partilha de informação, pois não convém a
uma empresa partilhar que foi sujeita a um ataque informático, até porque
algumas delas têm na sua posse dados privados que quando tornados públicos
podem causar autênticas “catástrofes” a nível mundial. Vários interesses estão
subjacentes a este tipo de ataques e por norma as mais atacadas são empresas
que “gerem as nossas caixas de correio eletrónico, de acesso ilegítimos a
bancos, a companhias de seguros e hospitais” (Paulo Vasconcelos in O surfista e a onda: fraude na internet de Visão
2016), a obtenção de determinada informação pode servir para fins
lucrativos ou simplesmente para chantagem.
“As empresas criadoras de software e hardware têm obviamente
presente a questão da cibersegurança, mas é uma luta difícil de travar. Uma das
formas de preservar a segurança é a de partilhar as ameaças e os ataques, mas
tal não ocorre como deveria por questões de receio de degradação de imagem e de
perda comercial.” (Paulo
Vasconcelos in O surfista e a onda: fraude na internet de Visão 2016) esta
é uma realidade sobre a qual temos que tomar consciência e sermos os primeiros
a tomar precauções no uso de todos os nossos dispositivos móveis ou fixos, pois
somos os primeiros a poder controlar a exposição a que estamos sujeitos. Somos nós
o nosso pior inimigo neste tipo de questões, a partir do simples momento em que
deixamos a câmara do nosso computador destapada sem sabermos se alguém está a controlar-nos
a partir da mesma. Quando acedemos a um link porque simplesmente aparece uma oferta
que no fundo sabemos que é demasiado apelativa para ser real, mas mesmo assim
acedemos e a partir de um simples clique permitimos o acesso livro a todos os
nossos dados confidenciais que tento queremos ver protegidos.
Quanto aos dispositivos utilizados por nós, cabe-nos ter consciência
para que os utilizemos de forma segura e de modo a não expormos mais que aquilo
que queremos e devemos. Um antivírus atualizado e que o façamos correr com frequência
é um dos primeiros passos para que estejamos mais seguros e, visto que não
somos profissionais no que toca a este tipo de assuntos, fazer o mínimo pode
ser uma mais-valia e um gesto simples que impede que a nossa informação seja de
tão fácil acesso a um mundo exterior de um tamanho desconhecido por nós.
Referências :
Oliveira, Pedro Miguel (2016), Quem vigia a Internet de Todas as Coisas? , Online, disponível
em http://exameinformatica.sapo.pt/opiniao/2016-11-16-Quem-vigia-a-Internet-de-Todas-as-Coisas-
Sem Autor (2016), Internet
das Coisas tem muitos benefícios mas deve ser usada com algum cuidado, Online, disponível em http://tek.sapo.pt/noticias/internet/artigo/internet_das_coisas_tem_muitos_beneficios_mas_deve_ser_usada_com_algum_cuidado-49539ust.html
Vasconcelos, Paulo (2016), O surfista e a onda: fraude na internet, Online, disponível em http://visao.sapo.pt/opiniao/silnciodafraude/2016-11-03-O-surfista-e-a-onda-fraude-na-internet
Belanciano, Vítor (2014),
Não são apenas as celebridades que
estão a nu na internet, Online, disponível em https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/nao-sao-apenas-as-celebridades-que-estao-a-nu-na-internet-1668563
Guerreiro, António (2014), A Máquina Google, Online, disponível em https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/a-maquina-google-1663271
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